Aparte
21 de Mai de 2022, 12h13
CAETANA RACHADA
Poema Jozailto Lima/Ilustração Ronaldson
caetana cheirava a lenha.
lenha de inverno recheada
a hera, limo, musgo e visgo.
tinha músculos másculos,
dengo mole e uma mata grande,
boa de nela se perder e se encantar.
caetana cheirava a mato.
mato de qualquer estação.
e tinha ternura na oferenda:
vem menino pidão, se aninha
aqui, ó. e arribava o saião.
caetana cheirava o cheiro bom
da lenha verde rachando a aurora.
Do livro “Viagem na Argila”, edição do autor, gráfica J.Andrade, Aracaju, Sergipe, 2012
Deixe seu Comentário
sandro zuzarte
Como é bom poder ler e interpretar o que se passa na cabeça de bons escritores, talento muito individual de pessoas inteligentes.. Viajei no tempo.
Vera
Poemas muito bons.sou fã
Ueliton
Grande poeta
Jaime Almeida da Cunha
Maravilha!