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Jozailto Lima

É jornalista há 40 anos, poeta e fundador do Portal JLPolítica. Colaboração / Tatianne Melo.

Combustíveis já tiveram 16 aumentos este ano, setor está em alerta e Confaz vai congelar ICMS da área
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Maurício Cotrim: cenário é preocupante para todo o setor 

O Governo do Estado vai congelar o Preço Médio Ponderado ao Consumidor Final - PMPF - dos combustíveis em Sergipe, que serve como base de cálculo para efeito de tributação do ICMS. 

A proposta foi aprovada na manhã desta sexta-feira, 29, por unanimidade, em reunião extraordinária, no âmbito do Conselho Nacional de Política Fazendária e anunciada pelo governador Belivaldo Chagas em seu Twitter.

A iniciativa do Governo de Sergipe visa reduzir o impacto do valor do combustível para o consumidor e será válida, excepcionalmente, de 1º de novembro de 2021 a 31 de janeiro de 2022. 

“Em reunião do Confaz, com nossa defesa e voto favorável, definiu-se que mesmo que a Petrobras siga reajustando o preço dos combustíveis, Sergipe vai cobrar o ICMS congelado até 31 de janeiro de 2022”, afirma Belivaldo Chagas.

Até a última sexta-feira, 29, o setor de combustíveis já contabilizava 16 reajustes ao longo do ano, totalizando um aumento de 65,19% na gasolina e 58,12% no diesel. Maurício Cotrim, secretário Executivo do Sindicato do Comércio Varejista de Derivados de Petróleo no Estado de Sergipe - Sindpese -, diz que o ano de 2021 tem sido atípico. 

“O petróleo tem alcançado um patamar histórico, com a cotação do barril no mercado internacional, e os reajustes têm seguido essa mesma proporção”, diz Maurício.

Em virtude disso, ele admite que o setor tem sofrido demasiadamente, em função da queda no volume de vendas, considerando a inflação e a queda no poder de compra da população. 

“O aumento dos combustíveis tem impactado diretamente nas vendas, pois o volume tem caído. Por consequência, esse cenário promove desemprego. Com a queda no movimento, é necessário reduzir o quadro operacional e isso impacta diretamente na questão de contratação”, explica o secretário do Sindicato. 

Todo o cenário é preocupante, segundo Cotrim, e deixa o segmento extremamente tenso, especialmente porque, segundo ele, o combustível caro nas bombas só beneficia a uma fatia, que é a do Governo. 

“Infelizmente, com a alta dos preços, o Governo é o único que se beneficia, considerando que a arrecadação aumenta. Já para o revendedor e o consumidor, o prejuízo é muito grande. O revendedor sofre com a queda nas vendas e o consumidor que diminui ainda mais o seu poder de compra, já que o consumidor passa a abastecer menos em virtude do impacto no orçamento”, explica.

 

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