Aparte
Podemos quer Evaldo Campos disputando Câmara Federal. Ele diz que topa

Evaldo Campos: voltando à ribalta

Vereador de Aracaju por apenas um mandato - 1993 a 1996 -, tido como o decano da advocacia criminal sergipana, o advogado e professor universitário Evaldo Campos, 77 anos, sete filhos, seis netos e três bisnetos - deixe pra lá a quantidade de ex-mulheres -, está sendo tentado a voltar à cena política.

Desta vez, o tentador é o presidente do Podemos de Sergipe, Zezinho Sobral, que quer disputar mandato de deputado estadual ano que vem. “Como eu tinha dito que vou votar em Álvaro Dias, pelo histórico de vida dele, o Zezinho Sobral soube e me chamou para conversar e foi logo me dizendo: “Cara, você é o nome que o Podemos precisa para ser candidato a deputado federal”, revela Evaldo.

“E eu lhe disse: “Como, se só tenho a voz?”. E ele: “O que precisamos de você é só isso. Vamos lhe dar mídias e você vai viver fazendo palestras. Nós lhe queremos. O Álvaro Dias vem aqui e você vai fazer o discurso de saudação a ele. Eu tenho certeza de que ele vai se empolgar com você e nós vamos cuidar da sua campanha. Este eleitorado solto que está aí vai votar em você””, traduz Evaldo o tom da conversa que tivera com Zezinho.

Diante de todo esse acalanto, Evaldo se derrete e admite que aceita. “Conversei com muitas lideranças e elas me disseram: “acho que Sergipe lhe deve isso”. E eu vou topar”, disse Evaldo Campos à coluna Aparte. Ele tem feito uma série de palestras para a classe política, do Espírito Santo a Pernambuco, sempre mostrando os danos da corrupção e da Lava-jato. Admite que seus pontos de vista empolgam.

“Em todos lugares, no Ministério Público, na OAB, começaram a me estimular a ir para a disputa política, em nome de uma tal faxina. O MPE vive me dizendo que não tenho o direito de me furtar. Eu tenho dito que não aceito ajuda para campanha, que só vou se for para fazer projetos para cortar mordomias, para reduzir o número de senadores e de deputados”, demarca ele.

Evaldo Campos está filiado ao PV. “Mas não fico lá”, avisa. “O PV continua verde. Nunca amadureceu. Não vai e nem quer”, reforça. Irônico e bem humorado, ele faz piada consigo mesmo. “Sou um excelente perdedor. Já disputei sete. Ganhei uma”, diz. Numa, ele se debateu, sozinho com um megafone contra o poderio de Albano Franco na disputa pelo Senado em 1982.

“De fato, eu não quero ajuda de ninguém. Só quero o microfone. Eu tinha sepultado isso dentro de mim. Tenho conversado com prefeitos e ex. E lhes dito: “vocês podem me dar a oportunidade de fechar a minha vida sendo um homem útil ao meu país”, e todos me dizem: “Evaldo, isso é muito bonito””, diz ele. Ah, é? Então vá.

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