Aparte
Jozailto Lima

É jornalista há 40 anos, poeta e fundador do Portal JLPolítica. Colaboração / Tatianne Melo.

Eleições OAB-SE: chapa de Inácio Krauss já nasce dividida 
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Aurélio Belém do Espírito Santo: perdeu, boy!

Esta Coluna Aparte detalhou na semana passada os bastidores do grupo da situação da Ordem dos Advogados de Sergipe, liderado pelo presidente Inácio Krauss, que, dias antes do registro da chapa, fervilhava com a divisão entre duas lideranças: Henri Clay Andrade e Aurélio Belém do Espírito Santo.

E deixou uma pergunta no ar: com quem Inácio Krauss afinal ficará na hora de frigir os ovos? Algumas horas depois, uma foto foi postada nas redes sociais com Aurélio, Inácio e Ana Lúcia Aguiar quase aos beijos, e ela veio a ser escolhida, novamente, como candidata a vice-presidente na chapa. 

Do ponto de vista de comunicação social, no entanto, o grupo de Krauss mais nada disse, a despeito de essa Coluna Aparte até ter feito provocações nesse sentido. Mas volte-se ao fato: e a foto com Aurélio, Inácio e Ana Lúcia seria uma confirmação de que a paz foi selada por ali?

Bem, quem conhece as relações internas do agrupamento sabe que não é bem isso. Foi mais uma acomodação, na qual Aurélio Belém saiu-se como chamuscado na disputa contra o titã Henri Clay Andrade.

Aliás, foi um sinal claro de que Aurélio perdeu o prestígio junto ao próprio Inácio, ao ficar com o prêmio de consolação chamado Caase – que é a Caixa de Assistência aos Advogados. 

Quem acompanhou o processo lá do início sabe que Aurélio Belém trabalhava para ser o vice-presidente e assim tornar seu caminho menos pedregoso nas eleições de 2024, quando pretendia - ou pretende - disputar a Presidência, e para o que ele nem é um nome desprezível. Longe disso.

O Aurélio Belém levou advogados para o seu escritório, conversou, articulou o caminho para a reeleição de Inácio - ele é o cão de galocha nisso -, imaginando ser o candidato a vice, ou até mesmo o próprio candidato do grupo numa possível desistência de Inácio à reeleição. Mas ao final perdeu prestígio e saiu com uma mão na frente o outra atrás. 

Conversando com alguns advogados ligados à direção da OAB-SE, percebe-se facilmente que a formação da chapa não só não agradou a todos, como deixou sequelas e um racha entre os dois agrupamentos.

Imagina-se que, numa eventual vitória da situação, isso seria ruim para a Ordem, que já começaria dividida, com ações destoantes entre a direção geral e a Caase, que é uma instituição importante nas ações de saúde, lazer e assistência dos advogados.

O que fica claro é que disputas internas e insatisfações são ruins para qualquer gestão. Mas talvez reste nisso o consolo da frieza pragmática do alemão Inácio Krauss, que tem o hábito de palitar dente e assoviar de cara pra lua enquanto o mar está pegando fogo.

 

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