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Edvaldo Nogueira se dá junho de 2018 de prazo para tirar PMA da crise

Edvaldo Nogueira: planejando surfar melhor em 2018

O prefeito Edvaldo Nogueira, PC do B, está se dando o prazo otimista de 18 meses para se livrar dos fantasmas financeiros herdados pela Prefeitura Municipal Aracaju e para começar a olhar novos horizontes. “Se eu tivesse recebido a Prefeitura com um superávit de caixa, ninguém me alcançava não. Bastava eu não ter que pagar coisas do passado”, diz ele.

“Se eu não tivesse as duas folhas extras do Governo passado, com as quais tivemos que desembolsar R$ 120 milhões, eu já estava mais equilibrado. Mas o que recebi de negativo, é algo sem precedentes. Nunca nenhum gestor de Aracaju recebeu a gestão com as dívidas como peguei, de R$ 840 milhões - R$ 540 milhões no curto prazo e R$ 300 milhões no médio”, diz Edvaldo, numa estatística já conhecida.

Para o prefeito da capital de Sergipe, o que não é muito conhecido é a enorme “agravante” que estas dívidas trazem: os credores são de serviços e fornecimentos de insumos. “A dívida da Prefeitura de São Paulo é com os bancos, com o Governo Federal. Nosso agravante é incomum ao resto do Brasil: toda esta dívida da Prefeitura é com fornecedor”, diz Edvaldo.

“É com a Estre, é com a Cavo. Tudo isso compõe um compromisso nervoso. Por exemplo, se eu não pagar a dívida que João Alves deixou com os fornecedores de remédio, minha gestão obviamente não terá medicamento para colocar nos postos e atender às comunidades. Como ficaria minha imagem de gestor?”, questiona Nogueira.

“O que se assemelha (à forma como ele recebeu a PMA) foi a gestão recebida por José Carlos Teixeira de Heráclito Rollemberg em 1974. O problema de Wellington Paixão, em 1992, na passagem para Jackson Barreto, foi só com o lixo. Economicamente, ali a Prefeitura estava arrumada, porque Paixão tinha feito um acordo com o Governo do Estado na época e a deixou equilibrada. Não tinha grandes dívidas. Ele deixou o lixo e algumas pequenas outras coisas”, analisa Edvaldo Nogueira.

Edvaldo constata que o grau de desordem da gestão aponta para algo de anormal com a pessoa do gestor público que sempre foi João Alves. “Tem coisas que aconteceram na Prefeitura Municipal Aracaju de 2013 a 2016 que eu acho que João Alves Filho não deixaria ter acontecido se ele estivesse bem. Aliás, não só João. Qualquer outro administrador. Qualquer dono de casa”, diz.

“Na Saúde, estou pagando uma prestação do governo antigo. Mas não é só nela. Na limpeza pública, pagamos duas contas: uma parte da dívida que herdei e as obrigações atuais. É como se estivéssemos fazendo duas gestões dentro de uma”, compara.

“Eu acho que em junho de 2018 já deixaremos a situação Prefeitura igual à gestão que eu repassei em janeiro de 2013. Eu quero ver se fujo dos quatro anos perdidos. E já podem ver lá a Secretaria do Tesouro Nacional: sou o segundo prefeito de capital do Brasil que mais economizou neste 2017. Primeiro é o prefeito de Macapá, no Amapá”, afirma.

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