[*] Vitor Déda

Após a morte de grandes lideranças como Marcelo Déda e João Alves Filho, criou-se em Sergipe uma lacuna imensa de líderes com uma visão desbravadora e sem medo do futuro. 

Hoje, em cada líder de partido ou agrupamento, podemos ver um cacique sem a firmeza para andar no xadrez da vida pública. A única arma desse líder são os cargos que ele tem sob seu poder, algo que pode prender por certo tempo apoiadores, mas que sem incentivo do rei, o apoiador se transforma em um força nula e sem gerar frutos para a construção do grupo. 

A preguiça de se fazer uma política em outro patamar faz com que Sergipe sofra as consequências no seu desenvolvimento. 

Nosso território ainda é muito fértil para os visionários, e é essa a esperança desse jovem escritor, a de que o novo ciclo de visionários faça com que Sergipe volte a ser o Estado modelo para o Brasil, e não mais o Estado "Maria vai com as outras".

Política se faz com 30% de coração e 70% de razão. O coração é fundamental para sermos inquietos, desejar fazer o mais surpreendente para seu povo. É  trabalhar com a tesão impulsionadora. Já a razão faz com que o político não fique refém da boa ou má-fé.

Todas decisões terão fundamentos e sem risco de haver prejuízo para seu povo. 

Diante dessa matemática de fazer política, surgem os visionários para discordar com toda a fórmula e afirmar que 100% é coração e o resto é intuição. 

Como dizia o grande músico do Brasil Charlie Brown Jr, na canção "Senhor do tempo":

"O  tempo passa e um dia a gente aprende/
Hoje eu sei realmente o que faz a minha mente/
Eu vi o tempo passar e pouca coisa mudar/
Então tomei um caminho diferente/
Tanta gente equivocada faz mal uso da palavra/
Falam, falam o tempo todo, mas não tem nada a dizer...”

Enquanto isso, caro leitor, a política não para. A situação abraça a bandeira da situação, a oposição abraça a bandeira da oposição e nosso Sergipe continua à espera do novo "poeta" que mudará o caminho.

[*] É bacharel em Direito, estudante de Jornalismo e educador político.

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