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Anvisa diz que não há estudo conclusivo sobre 3ª dose para a Covid-19

Estudos começaram após surgimento de nova variante

A Agência Nacional de Vigilância Sanitária – Anvisa - afirmou em comunicado nessa sexta-feira, 23 de julho, que ainda não há evidências suficientes para uma recomendação do uso de uma terceira dose como reforço às duas doses já tomadas contra a Covid-19 na maioria dos imunizantes, com exceção dos de dose única, como o da Janssen.

A discussão e os estudos sobre terceira dose começaram especialmente diante do surgimento e da circulação de variantes do novo coronavírus.

Em seu informe, a Anvisa diz que não se sabe por quanto tempo a proteção dada pelas duas doses - ou dose única - durará e se haverá necessidade de doses de reforço com intervalos.

A Anvisa lembrou que há uma discussão dentro da comunidade internacional de autoridades de saúde que pondera o fato de se pensar em uma terceira dose quando a maioria do mundo está longe de imunizar o total da população com mais de 18 anos.

“Especialistas e instituições como a Organização Mundial da Saúde dizem que os formuladores de políticas públicas de saúde precisam olhar para o cenário mais amplo quando estão considerando a possibilidade de oferecer doses de reforço, incluindo o fato de que muitas pessoas vulneráveis e profissionais de saúde podem não ter recebido sequer a primeira dose de uma vacina contra a Covid-19”, explica a Agência.

O órgão informou que avaliará se e quando uma terceira dose será necessária. A agência acrescentou que acompanha os estudos sobre o surgimento de novas variantes e impactos delas nas vacinas.

“Até o momento, todas as vacinas autorizadas no país mantêm proteção contra doença grave e morte, conforme os dados publicados. Ainda não há dados ou estudos conclusivos que indiquem a necessidade de uma dose de reforço das vacinas autorizadas”, diz a nota da autoridade sanitária.

Mas até agora já foram aprovados três estudos clínicos sobre a necessidade e conveniência da terceira dose, um da Pfizer/BioNTech e dois da AstraZeneca. (Por Jonas Valente, repórter da Agência Brasil – Brasília).

Foto: © Marcelo Camargo/Agência Brasil

 

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