Aparte
Jozailto Lima

É jornalista há 40 anos, poeta e fundador do Portal JLPolítica. Colaboração / Tatianne Melo.

Alexandre Porto acusa Marco Pinheiro de se locupletar política e ideologicamente da Acese. E tentará sucedê-lo
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Alexandre Porto: “Posso dizer que ele tem usado a Acese para se beneficiar e se locupletar politicamente”

Presidente da Associação Comercial e Empresarial de Sergipe - Acese -, durante dois mandatos, entre 2011 e 2015, o empresário Alexandre Porto, com atuação no setor de eventos no Estado há 25 anos, anuncia que é pré-candidato a presidente desta entidade, cuja eleição está marcada para acontecer no mês de janeiro do ano que vem.

Com a desincompatibilização do empresário Marco Pinheiro da Presidência da Acese para concorrer a um mandato de deputado estadual, Alexandre Porto acha que é chegada a hora de alguém “que não tenha interesses de usar politicamente a entidade” resgatá-la, trazê-la de volta a um comando plural, classista e apartidário e colocá-la a serviço da classe produtora.  

Para Alexandre Porto, Marco Pinheiro “fez mal” à entidade ao usá-la para atender aos seus interesses políticos e eleitorais, que teriam sido confirmados agora, “quando ele oficialmente se desliga da instituição para se dedicar à campanha política”. Porto acusa Pinheiro de se locupletar “política e ideologicamente” da Acese. Filiado ao PL de Jair Bolsonaro, Pinheiro vai disputar um mandato de deputado estadual nas eleições deste ano e deixou a Acese e o Conselho Deliberativo do Sebrae no dia 2 de junho, como manda a legislação eleitoral.

“Hoje eu posso afirmar isso. Antes não: esse desligamento é uma demonstração de que ele utilizou a Acese ao longo de todo o tempo em que esteve no comando com esta finalidade. Antes eram apenas suspeitas e divagações. Hoje não são mais divagações. São afirmações que se tornam concretas pelos fatos ocorridos. Hoje posso dizer que ele tem usado a Acese para se beneficiar e se locupletar politicamente. Para trazer algum benefício para ele de ordem exclusivamente política”, sustenta Alexandre.

As queixas de Alexandre Porto contra o modo de Marco Pinheiro presidir a Acese e o Conselho Deliberativo do Sebrae de Sergipe são bem mais profundas e graves. “Todos os dirigentes da Acese e do Sebrae são críticos aos posicionamentos dele. Todos demonstram insatisfação com o uso que ele sempre tentou fazer da Acese e do Sebrae para se locupletar, para beneficiar a sua campanha”, afirma Porto.

Marco Pinheiro, segundo Alexandre Porto, tentou fazer da Acese uma casa bolsonarista

“Nada contra que Marco Pinheiro banque uma candidatura ao que ele bem quiser, o que lhe é de direito. Mas que ele use para isso os meios dele e não os meios coletivos das entidades de classe, até porque dentro da Acese temos eleitores de um lado e de outro e ele não pode se posicionar com a determinação de que a Acese seja bolsonarista, por exemplo, porque ela não o é”, afirma Alexandre.

“E eu afirmo que a Acese vinha sendo usada de maneira política e partidária por Marco Pinheiro. Vinha sendo usada de maneira ideológica para defender um ponto de vista do presidente da República. E agora que o presidente interino (da Acese) Maurício Vasconcelos assumiu, está defendendo bandeiras programáticas e ideológicas sem o interesse de se locupletar ou de se promover com intenção em candidatura própria, porque ele sabe que a Acese deve ser neutra. Maurício Vasconcelos sabe que a Acese deve ter relacionamento com todos os lados, com todos os partidos, respeitando cada partido e cada governante da maneira que tem que ser respeitado e não sendo tiete de nenhum candidato e de nenhum políticos especificamente”, fustiga Alexandre Porto.

E reitera: “Por tudo isso, serei candidato à Presidência da Acese no começo do ano de 2023. Serei candidato justamente para quebrar esse vínculo partidário ao qual a gestão de Marco Pinheiro a submeteu. Nós temos que acabar com isso. A Associação Comercial e Empresarial de Sergipe tem de voltar a ser respeitada como um organismo a serviço dos setores empresariais e produtivos, de diálogo permanente com o poder público e com todos os lados partidários”, delimita Porto.

“A Acese não pode ser uma entidade que funcione criticando o lado do qual o presidente discorda e elogiando e valorizando o lado ao qual o presidente está aliado. Não deve ser essa a posição da Acese. Ela tem que defender aquilo que é melhor para a classe empresarial, independentemente de quem seja o governante federal, estadual ou municipal”, diz.

 

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