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CAETANA RACHADA
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Poema Jozailto Lima/Ilustração Ronaldson

caetana cheirava a lenha.
 
lenha de inverno recheada
a hera, limo, musgo e visgo.
 
tinha músculos másculos,
dengo mole e uma mata grande,
boa de nela se perder e se encantar.
 
caetana cheirava a mato.
mato de qualquer estação.
 
e tinha ternura na oferenda:
vem menino pidão, se aninha
aqui, ó. e arribava o saião.
 
caetana cheirava o cheiro bom
da lenha verde rachando a aurora.
 
 
Do livro “Viagem na Argila”, edição do autor, gráfica J.Andrade, Aracaju, Sergipe, 2012

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sandro zuzarte
Como é bom poder ler e interpretar o que se passa na cabeça de bons escritores, talento muito individual de pessoas inteligentes.. Viajei no tempo.
Vera
Poemas muito bons.sou fã
Ueliton
Grande poeta
Jaime Almeida da Cunha
Maravilha!