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Jozailto Lima

É jornalista há 40 anos, poeta e fundador do Portal JLPolítica. Colaboração / Tatianne Melo.

Com ex-ministro da Educação preso, Rodrigo Pacheco diz que colégio de líderes analisará criação da CPI do MEC
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Rodrigo Pacheco durante entrevista coletiva nesta quarta-feira / Jefferson Rudy/Agência Senado

O presidente do Senado, Rodrigo Pacheco, afirmou que a possível criação de uma Comissão Parlamentar de Inquérito – CPI - do Ministério da Educação poderá ser analisada pelo colégio de líderes.

Ele fez essa declaração em entrevista coletiva concedida pouco antes da sessão plenária desta quarta-feira, 22, quando o ex-ministro da Educação do Governo Bolsonaro, Milton Ribeiro, já estava preso pela Polícia Federal.

Segundo Pacheco, a análise da criação da CPI do MEC, assim a como de qualquer outra Comissão Parlamentar de Inquérito, será feita conforme manda o Regimento Interno do Senado.

Até o início da noite desta quarta-feira, os senadores que defendem as investigações buscavam garantir as 27 assinaturas exigidas para apresentar o pedido de abertura de uma CPI.

Pacheco admitiu que, em termos de conveniência e oportunidade, o momento pré-eleitoral é algo que pode prejudicar o escopo de uma CPI, que, ressaltou ele, deve ser isenta e ter o tempo necessário para a apuração a que se propõe.

“O fato de estarmos muito perto das eleições termina prejudicando o trabalho dessa e de qualquer outra CPI. Talvez seja o caso de submeter ao colégio de líderes esse e outros pedidos”, disse Pacheco.

CASO DE MILTON RIBEIRO - Sobre a prisão de Milton Ribeiro, ex-ministro da Educação, Pacheco afirmou que é preciso apurar os fatos de maneira rigorosa, garantido o direito de ampla defesa e o contraditório.

Ele declarou não conhecer os autos do inquérito, mas disse esperar que a Polícia Federal e o Judiciário façam seu trabalho. O presidente do Senado também declarou que sempre considerou Milton Ribeiro uma pessoa de bom trato e bons princípios.

Mas reiterou que as denúncias precisam ser investigadas e reconheceu que a prisão preventiva do ex-ministro acaba sendo um fato relevante, embora não determinante, para a abertura de uma CPI.

“O fato tem repercussões jurídicas e políticas. O governo [federal] deve dar suas explicações e precisa dar uma resposta à sociedade em relação a esse tema”, ressaltou.

Pacheco destacou que não quer politizar a prisão de Milton Ribeiro e que espera que o clima entre governo e oposição não prejudique o trabalho dos senadores.

Segundo o presidente do Senado, as divergências ideológicas na Casa sempre foram civilizadas e nunca comprometeram a produção de pautas em favor do bem comum.

 

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