Aparte
OPINIÃO:  Renovar é preciso

Adalberto: 2018 é o momento certo para renovar a esperança e o quadro político

[*] Adalberto Vasconcelos Andrade 

Não há como pensar Sergipe sem considerar uma renovação no quadro político que administra o Estado há meio século. Esse princípio vale para todas as esferas do Poder Executivo. De cima pra baixo, ou vice-versa. Não importa.

Mas as mudanças de comando têm de estar em sintonia com as anseios da sociedade e vislumbrando um futuro melhor para as próximas gerações, que diante do quadro atual vivem sem perspectivas de dias melhores.

Do jeito que está, fica cada vez mais difícil acreditar que o país sairá do fundo do poço. Em termos de credibilidade em relação a esse  plantel de políticos – que se dizem nossos representantes -, é como crer em Papai Noel ou em milagres.

Mas os brasileiros não querem promessas nem milagres. Querem políticos honestos e competentes no comando do país, dos Estados e municípios.

E que o único compromisso ao assumir o cargo é que façam valer os direitos fundamentais previstos na Constituição Federal, porque que, infelizmente – com raras exceções -, o atual quadro de políticos que compõe o nosso Congreso só pensa em defender seus próprios interesses e/ou de segmentos que possam lhe beneficiar de alguma forma a se manter no poder.

Mas as eleições de 2018 servirão de termômetro para saber o que podemos esperar de melhor para o futuro. Uma coisa é certa: sem renovação não há solução.

Se isso não acontecer, eu temo que entraremos num processo de depressão coletiva e a esperança será enterrada de vez. E sem ela, ninguém vence obstáculos, muito menos num país de tamanho continental nas mãos de um Congresso apático aos dramas sociais, e comprometido com um presidente da República com mais de 90% de rejeição popular.

Caso parecido está acontecendo em Sergipe. Por aqui, a crise parece não ter fim. O Estado continua patinando em lama e atolado em dívidas.

É preciso que haja em 2018 uma renovação urgente nas lideranças políticas que há décadas detém o poder e comandam o Estado de Sergipe.

Sem querer desmerecer a trajetória política de cada um deles –  todos da velha guarda -, creio que já  deram a sua parcela de contribuição e que já passou da hora de vestirem o pijama. É preciso abrir espaço para novos valores e lideranças, como foi Marcelo Déda -, que quebrou uma hegemonia no comando do Estado depois de 30 anos nas mãos dos Franco e de João Alves Filho.

Alguns nomes têm se destacado na política sergipana. São relativamente jovens, mas mostram entusiasmo e vocação para administrar ou lidar com a coisa pública.

Podemos citar as figuras de Fábio Henrique, Valadares Filho, Dr. Emerson, Fábio Mitidieri, Georgeo Passos, Luciano Pimentel, Valmir de Francisquinho, Ricardo Franco, Ivan Leite, Garibalde Mendonça, Iran Barbosa, entre outros.

Pensar Sergipe é pensar grande. E 2018 é o momento certo para renovar a esperança e o quadro político de nossos representantes, tanto em Brasília quanto em Sergipe.

[*] É administrador de
empresas, policial rodoviário
federal aposentado e escritor