Aparte
Opinião - Na questão da Covid, tem faltado gestão e sobrado política de governadores e prefeitos

[*] Élio Periquito

Durante a pandemia do coronavírus, a nossa Suprema Corte concedeu aos governadores e aos prefeitos brasileiros total autonomia para conduzir e decretar formas de atuar frente a esse grave problema sanitário, tirando totalmente o poder do Governo Federal.

Feito isso, coube apenas ao Governo do Brasil enviar vultosos recursos de ordem federal para serem utilizados pelos senhores governadores e prefeitos ao bel prazer das prioridades de suas gestões.

Ao mesmo tempo, eles montaram diversos Hospitais de Campanha pelo país inteiro para enfrentar as demandas da Covid-19 que, como se sabe, não são poucas - eu mesmo me infectei com esse terrível vírus sei a dureza que é.

Mas os governadores e os prefeitos, em vez de investirem em preparação para uma segunda onda que já havia sido anunciada que chegaria, nada ou quase nada fizeram e utilizaram estes recursos para engordar suas tesourarias falidas e pagar funcionários que estão sem receber salários há 3 meses. 

Cito aqui o do Rio Grande do Sul e de Minas Gerais. Não investiram na saúde das comunidades. Não construíram hospitais e, ainda por cima, fecharam antes da hora diversos dos hospitais de campanhas feitos pelo Governo Federal.

Fico muito triste com tudo isso que, ao meu ver, vai na contramão da real prioridade do momento pandêmico. Para mim, me desculpem, faltou gestão e sobrou política aí.

Agora o país está vacinando. Já temos 43 milhões de doses de imunizantes distribuídas pelo Ministério da Saúde e cerca de 20 milhões de brasileiros vacinados.

Já somos o quinto país do mundo em vacinação, à frente de grandes potencias, como Alemanha, França, Itália, Canadá entre vários outros. Isso nos dá a certeza que estamos no caminho certo.

Porém, cabe-nos fazer a nossa parte, evitando aglomeração, mantendo o distanciamento e cuidando de nossa higiene pessoal, principalmente no universo das mãos, grandes repassadoras do vírus.

Apesar da minha visão de que tem faltado gestão e sobrado política de governadores e prefeitos – e de alguns cidadãos no plano pessoal -, afirmo que acredito muito no Brasil. Sou um brasileiro movido por essa mania de esperança e de fé.

E até admito que cabe a nós brasileiros pararmos de procurar sempre um culpado, quando na verdade também temos culpa por essa disseminação descontrolada desse vírus. Isso porque há ações que dependem menos de Governos e mais de cada um de nós. Façamos.

[*] É representante comercial, mineiro radicado na Bahia, na cidade de Várzea do Poço.

 

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