Aparte
Machado se queima, mas Mendonça Prado vem pra federal: não há mudança

José Carlos Machado: chegou na encruzilhada

A desgraça em que se meteu José Carlos Machado e a mudança de rumo de Mendonça Prado, deixando de deixar o DEM para não ir mais ao PPS, vão trazer mudanças nas eleições proporcionais do ano que vem. A luta por uma vaga de deputado federal por Sergipe em 2018 está deixando muita gente doida. Sem juízo. São oito delas, para pelo menos 12 nomes fortes. 

Com um agravante: os oito que estão lá têm domínio de seus projetos e, em princípio, nenhum deles quer desviar o foco do DF. Desistir, disputar a Alese, correr atrás de um sonho majoritário - ou seja, o Governo, a Vice-Governadoria ou o Senado, embora isso não seja imutável. Relembre-os: Adelson Barreto, André Moura, Fábio Mitidieri e Fábio Reis, João Daniel, Jony Marcos, Laércio Oliveira e Valadares Filho.

Do lado de fora, aos solavancos, dando cotoveladas, estão Márcio Macedo, Fábio Henrique, possivelmente Eliane Aquino, mais o esboroado José Carlos Machado. Havia Ana Alves, como uma réstia de esperança e tradição da família, e agora possivelmente Mendonça Prado, que deve sucedê-la na tentativa. 

A situação de Machado beira o trágico. Ele vinha bem. Era uma promessa, estava sendo visto como uma ameaça ao clube dos oito. Mas agora o caldo entornou e há muitíssima dúvida de como ele vai se haver na satisfação jurídica a dar ao judiciário e na popular à opinião pública para os quase 100 cargos em comissão que transitaram por seu gabinete de vice-prefeito de Aracaju de 2013 a 2016, com muita sombra de fantasma.

Sem que se seja fatalista, o projeto Machado parece morto. Menos uma sombra para quem está dentro e quer ficar e para outros que estão fora e querem entrar. Isso poderia soar como alívio para os que estão lá. Mas a entrega do DEM a Mendonça Prado ativa um novo fantasma.

Este partido quer nomes fortes para levá-los a Brasília em 2019. Possivelmente, a entrega do comando do DEM a Mendonça tem esta intenção. Ou seja, no campo das estatísticas e das probabilidades, apaga-se Machado, acende-se Mendonça. Elas por elas. A pré-candidatura de Mendonça ao Governo... ah, deixa isso pra lá.

Utopia, todos os pré-candidatos trazem consigo. Mas ela não salva nenhum deles. Tradução: ninguém, exceto quem herdar um berço esplêndido, como Mendonça herdaria com o DEM - e ele mesmo não é qualquer um -, se faz deputado começando a trabalhar em janeiro de 2018. Nem no começo deste ano. Os acordos já estão todos selados. Por que você acha que Valmir de Francisquinho desistiu de levantar a bandeira de Talysson Costa, o filho, a federal?