Aparte
Cientista político avalia os impactos da eleição na Câmara para Sergipe

Eduardo Macêdo: Lira é profundo conhecedor do Nordeste e de seus problemas

“Com a eleição do deputado Arthur Lira, do Progressistas/AL, para a Presidência, com 302 votos, tem-se o início da reaglutinação de forças partidárias para os próximos dois anos, com situação divergente da gestão anterior com o deputado Rodrigo Maia, DEM/RJ, que comandou a casa em franca oposição ao Palácio do Planalto”.

Esta é a análise de Eduardo Macêdo, doutor em Direito Político e Econômico e professor de Direito Constitucional e Direito Eleitoral. Para Eduardo Macêdo, a decisão desta segunda-feira, 1º, pode inferir diretamente sobre Sergipe.

“No caso específico do Arthur Lira, por ser um parlamentar do Estado vizinho de Alagoas, penso que é profundo conhecedor do Nordeste e de seus problemas e necessidades, diferentemente de Maia, parlamentar do Rio de Janeiro”, avalia.

Sob esse prisma, para Eduardo Macêdo, o novo presidente Arthur Lira poderá ser um aliado importante do Estado de Sergipe e do governador Belivaldo Chagas, já que os temas são comuns a Alagoas e Sergipe.

“Estamos vendo isso recentemente, com a inauguração da ponte sobre o rio São Francisco e também com o projeto de uma nova ponte entre Penedo e Neópolis”, exemplifica.

Eduardo Macêdo diz que, de modo geral, o que se espera, agora, tanto para Sergipe quanto para os demais Estados, é a independência entre os Poderes.

“Não seria diferente agora, mesmo que se divulgue que o presidente da República influenciou ou mesmo que “ganhou” a eleição na Câmara Federal”, opina. Mas qual não influenciou?

Vale lembrar que para os cargos da Mesa Diretora o mandato é de dois anos e não há previsão de reeleição na mesma legislatura. Desse modo, os cargos de presidente, dois vice-presidentes, quatro secretários e quatro suplentes para o biênio 2021-2022, para serem ocupados dependem de eleição por voto direto e secreto dos próprios deputados federais.

“Na composição ou no preenchimento dos cargos, o Regimento Interno é observado e se respeita, sempre que possível, a representação proporcional dos partidos. Na sua essência, a Câmara Federal representa o povo, enquanto o Senado Federal representa os Estados”, define o professor.

 

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