Aparte
Hugo França vê em Breno França ótimo sucessor de Laércio na Fecomércio. “Não é porque é meu filho”

Hugo França: “Se fosse um nome mais ou menos, eu não apoiaria, mesmo sendo meu filho”

O empresário Hugo França é um sujeito de classe. Para ser mais específico: de entidades de classe. Ele já presidiu um dia a Federação do Comércio do Estado de Sergipe - Fecomércio-SE -, da qual é atualmente vice-presidente nessa segunda gestão de Laércio Oliveira. Aliás, foi vice na primeira também.

Antes, Hugo presidiu o Sindicato do Comércio Atacadista e Distribuidor de Sergipe - Sincadise -, que hoje é presidido pelo filho dele, Breno França, que lhe ajuda a tocar a França Distribuidora, empresa especializada em produtos de panificação há 35 anos. Hugo é um camarada boa praça e é bem postado no setor empresarial por onde transita.

Hoje, aos 67 anos, um dos projetos dele é fazer do filho Breno França o sucessor de Laércio Oliveira em 2022. Dar ao filho o mesmo poder que ele obteve há 12 anos e exerceu durante quatro. A sucessão de Laércio Oliveira se dará no segundo semestre do ano que vem, mas não é somente Hugo França que está a costurar a candidatura de Breno. Ela também desperta o interesse de Juliano Cesar Faria Souto, o vice-presidente nacional do Associação Brasileira de Atacadistas e Distribuidores - Abad.

Mas Hugo França é muito mais intenso com ideia de fazer Breno chegar a um espaço que ele comandou. “Não é porque é meu filho não, mas o Breno está muito bem preparado, preparadíssimo, para ser o presidente da Fecomércio. O menino enxerga longe, é uma fera. E vai fazer um trabalho semelhante ao que Laércio faz hoje. Para mim, a ida dele para a Fecomércio me é até um prejuízo, porque eu não teria ele integralmente administrando comigo a nossa empresa. Mas para a Fecomércio ele vai ser um grande presidente”, afirma Hugo.

Segundo Hugo França, Breno só está construindo uma pré-candidatura agora porque Laércio Oliveira regimentalmente não pode ir para um terceiro mandato. Não tem direito estatutário a isso. “Se Laércio fosse para mais uma reeleição, o nosso candidato seria ele, sem problema algum”, assegura.

“Não tenho arrependimento nenhum de ter apoiado a ida de Laércio Oliveira para a Focomércio. Tenho é muito orgulho. Ninguém tente tocar fogo, porque eu não vou pegar em bomba chiando de ninguém, mesmo porque me dou muito bem com Laércio”, afirma Hugo, na tentativa de fugir do disse-me-disse dessa hora.

“Laércio Oliveira tem sido muito correto comigo. Não teremos problemas na sucessão dele, porque quando ele me pediu há oito anos que o apoiasse, me prometeu que continuaríamos juntos depois do segundo mandato dele - e tem sido muito correto comigo. Aliás, não só comigo, mas com todos da Fecomércio. Mas temos que dar a vez agora pros mais novos”, defende.

Dentro dessa lógica, Hugo França afirma que o aval à candidatura de Breno transcende a sua condição paterna. “Digo isso (sobre o preparo de Breno) com toda a segurança do mundo. Se fosse um nome mais ou menos, eu não apoiaria, mesmo sendo meu filho. Breno hoje está com 37 anos e eu conheço governadores, como o de Alagoas, nessa mesma idade, que muito fazem. Tem ministros com esta mesma idade, porque tudo na vida é preparação”, diz.

“Breno é louco pelo sindicalismo. O Sincadise é um dos maiores sindicatos de Sergipe hoje e foi ele quem o transformou. Breno vai fazer quatro anos como presidente agora no começo de 2022, recebeu com pouco mais de 40 associados e hoje concentra perto de 100. Hoje, junto à diretoria nacional da ABAD, Breno é tido como uma revelação. Ele vem se preparando desde rapazinho. Sempre trabalhou comigo”, diz Hugo.

 

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