Lúcio Flávio e João Tarantella: modelos que não servem
Depois de tanto olhar pelo retrovisor e identificar erros gravíssimos de conduta e afetações, começa a se impor um movimento diferente em Sergipe dentro dos grupos de direita pró-Bolsonaro.
Após o ato do último 7 de setembro, vários desses grupos iniciaram diálogo em prol de uma união - algo novo neste sentido em terras Serigy.
Isso porque, até então, havia uma dicotomia entre esses movimentos, até mesmo quando se realizavam as manifestações, com cada um indo para uma direção e assumindo tons e tonalidades que não fechavam com as cores que se buscava.
Esse é um fato que merece observação e análise, e que tem passado batido por analistas e até por militantes mesmo dessa direita. E são mais de 10 grupos, segundo o levantamento desta Aparte.
Várias correntes, mas com a cola do bolsonarismo que as une, buscam agora um objetivo comum que, assim esperam, possam render frutos melhores e mais serenos na corrida eleitoral do ano que vem.
No centro desses grupos tem mais um ponto em comum: a rejeição flagrante e irrevogável às figura de Lúcio Flávio Rocha e de João Tarantella.
Esses dois nomes tem aparecido nos últimos pleitos e no dia-a-dia do debate do direitismo como aqueles que detém o espólio de Bolsonaro por aqui. Mas a união recente desses grupos conservadores demonstra que não é bem assim.
Longe disso. Lúcio Flávio e Tarantella não possuem a simpatia desse pessoal. Muito pelo contrário: quanto mais distância deles, melhor.
E isso também guarda uma explicação clara. Para esses grupos, Lúcio e Tarantella se revestem de um bolsonarismo histriônico, afetado, fundamentalista, desvairado, e só prejudicam em um plano eleitoral futuro.
Estar próximo desses dois, admite o consenso dos grupos, é atrelar os segmentos de direita a uma militância louca, raivosa, disparatada, algo de que esses movimentos querem se afastar. É quase que uma depuração de imagem e de ideias, o que faz pleno sentido ao se analisar o histórico.
Lúcio Flávio e Tarantella expõem um lado do bolsonarismo raivoso, que desagrega e que expõe um ódio a tudo e a todos fora das suas caixinhas.
Não é por menos que nos últimos pleitos estiveram sozinhos em uma caminhada digna de Don Quixotes, lutando e esbravejando contra gigantes e moinhos imaginários.
O resultado se traduziu nas urnas, com votações pífias, inexpressivas e sem fortalecimento eleitoral nem para eles e nem para o líder maior deles.
O que esses grupos querem demonstrar é que há, sim, aliados do presidente sem radicalismo, que pretendem buscar o diálogo e a união em prol de um projeto coletivo.
Sem nomes que briguem excessivamente por si mesmos, na intenção de serem “os candidatos de Bolsonaro”. Esses grupos sonham com bons apoiadores do líder maior dessa direitada toda e de suas ideias, que é Jair Messias Bolsonaro.
Se isso dará samba? Só o tempo dirá. Mas o prognóstico é o de que os iluminados da afetação de direita Lúcio Flávio e João Tarantella dançarão sozinhos nesse salão. E sem pizza.
Ω Quer receber gratuitamente as principais notícias do JLPolítica no seu WhatsApp? Clique aqui.