Aparte
Jackson e Rogério sacramentam união. Mas JB evita (por enquanto) ataque aos governistas

Jackson e Rogério: no mesmo ninho e muito pelo plano nacional

Num discurso que falou das dificuldades para a geração de emprego e renda aos sergipanos sob o Governo Bolsonaro, o pré-candidato a governador Rogério Carvalho, PT, anunciou oficialmente a chegada do ex-governador Jackson Barreto, MDB, ao grupo. 

JB anunciou na semana passada que não disputaria o mandato de senador pelo grupo governista caso a decisão de ter dois candidatos fosse mantida - ele e Laércio Oliveira. Nesta terça-feira, em coletiva de imprensa, ele sacramentou o apoio à chapa de Rogério e anunciou o colega de partido, Sergio Gama, como pré-candidato a vice. 

Sérgio é filho do ex-prefeito de Aracaju, João Augusto Gama, MDB, figura que nunca se desgarrou e nem sequer divergiu de JB. “Temos uma grande tarefa de devolver as riquezas do Estado aos sergipanos, retomar os investimentos, e recebemos Jackson com esse propósito”, justificou Rogério.

Jackson, porém, adotou um tom ponderador e preferiu focar no cenário nacional - ele coordenará a campanha de Lula no Estado. “Rogério colocou bem: a bandeira de Lula é o que nos une”, disse JB. 

Para ele, o país vive um momento bastante complicado, com ameaças reais à democracia, por isso é tão urgente e importante solucionar a questão nacional. “E ela só resolve com Lula”, reforçou. 

De acordo com Jackson, é preciso um projeto que se coadune, e não o contrário. “É evidente que com Rogério esse propósito se fortalece. Nessa eleição, não se trata apenas de votar, mas sim de assegurar o processo democrático”, destacou.

Jackson Barreto não trouxe ao evento de adesão a Rogério queixas contra a forma como Belivaldo Chagas e o grupo o trataram nessa fase de definição das pré-candidaturas. Não trouxe por enquanto, mas queixas há. E muitas. E, pelo se que se conhece de seu modo de ser, ele as colocará na sua metralhadora de giros no momento certo.

E isso explodirá com o acirramento da campanha - apesar de ele se colocar como coordenador-geral da campanha de Lula no Estado, o que vai lhe exigir cuidados de comportamento perante Fábio Mitidieri, que é também um eleitor lulista - assim como Belivaldo Chagas.

 

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